Um não fala por todos, todos não falam por um

Já foi tratado aqui nesse espaço sobre a questão da pluralidade na cena que é sempre muito importante para que não haja uma massificação do pensamento. Também já foi tratado nesse espaço sobre o sectarismo e as generalizações, causadora de preconceitos e discórdias. Agora vou tratar justamente sobre o problema das visões coletivistas que de certa maneira aborda um pouco de ambos assuntos. Na existência de gangues, coletivos, bancas e grupos é muito importante ressaltar que não é possível julgar todo um coletivo ou grupo de pessoas pelo que um disse, justamente pela presença de grupos plurais, muitas vezes. Pessoas que andam juntas ou até compartilhem de uma mesma opinião sobre determinadas coisas nem sempre tem por isso os mesmos pontos de vista sobre fatos, pessoas, lugares, etc etc etc.
Esse blog por exemplo é escrito por pessoas com opiniões bem distintas sobre varias coisas e até pontos de vistas diferentes algumas vezes sobre os temas tratados, ocasionalmente há membros do blog discordando nos comentários de textos de outros e etc. É complicado qualquer tipo  de generalização. Infelizmente pessoas que desejam fazer parte de grupos x ou y estão consequentemente sucetiveis a esses problemas. Dae a importância (na minha modesta opinião) de sempre levar em conta o individuo antes do coletivo. Nem todos estão numa mesma luta pela mesma razão, nem todos que compartilham de uma mesma visão de mundo compartilham do mesmo método, nem todos interessados em alguma mesma forma de mlitancia tem a mesma visão ou motivaçãos. Enfim do mesmo modo que você não queira perder sua identidade por fazer parte de alguma coisa, não tire a identidade de outras pessoas por fazerem. Não julgue um pelo todo, não julgue todos por um. Comumente pessoas gostam de falar em nome de grupos sem nem pedirem o consentimento de todos, outras pessoas simplesmente falam por si mas as pessoas interpretam como se ela falasse por todos, mas a grande verdade é que cada um deve falar por si, e na cena essa realidade não muda.    Não digo que pessoas que façam parte de grupos não tem o direito de terem sua opinião e expressa-las, na verdade elas devem. Tanbem não estou dizendo que as pessoas não tem o direito de interpretar o que ouvem como bem entender a elas. Simplesmente to dizendo que é absurdo achar que todas as pessoas vão ser idênticas a outras por terem uma simples militância, ponto de vista ou cultura em comum.

PS:Quanto ao exemplo do blog, foi um péssimo exemplo, não constituímos nenhum coletivo nem nada do tipo, somos simplesmente amigos que se juntaram pra falar coisas que cada um tinha vontade sobre a cena mas que não ouvia ninguém falar. Mas preferi usar um exemplo que não envolvesse outras pessoas exatamente por achar que cada um deve falar por si.

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