1964.

O ano que começou o pesadelo, os militares no poder alegando ter dado um golpe para salvar o Brasil do comunismo (??), ignorando o fato que o nosso presidente o João Goulart era um nacionalista e não comunista...
Um nacionalista contra as ditaduras e que era amigo do povo, Fazendo discursos dando total apoio ao MST, e planejava fazer uma reforma agrária, porém os militares deram um golpe NEOLIBERAL, com o apoio dos EUA, para salvar o Brasil de uma ditadura de esquerda, instalando aqui então uma ditadura que não se sabe se é de esquerda ou de direita, pois o único intuito era se vender pros  EUA, e atualmente, vemos  Nacionalistas , Patriotas, Nazistas, Fascistas e Integralistas, que alegam serem os defensores dessas terras, defendendo uma intervenção de um outro Pais nas nossas terras . Chega a dar vontade de rir.

 Não tenho Nenhum intuito em defender comunista ou fascista, até por que para mim  existem dois tipos de pessoas, as que defendem o Estado e as que são contra.  Sendo assim, o Fascismo sendo um filho bastardo do comunismo, tomando alguns atalhos dentro da doutrina Marxista, torna-se mesmo um meio mais rápido a chegar ao Marxismo, e o Marxismo uma ilusão para atrair desavisados do que um Estado provisório pode causar, ou quanto pode durar.
Encerro o meu post, com duas musicas que sempre me mostraram ter certo teor de o que se passou naqueles tempos e um minidocumentario.





Vai descer!

Pois é... Vai descer o salário do trabalhador, o índice de empregados, vai descer a função do professor, vai descer o desempenho do aluno, vai descer o passageiro...
  Nem é preciso ser circense para fazer contorcionismo ou pirâmide humana... Ônibus lotado o espera. Mas o brasileiro gosta de calor humano, não é mesmo? Querem aprovar uma lei cujos ônibus não poderiam circular com passageiros em pé. Olha que maravilha... Sairíamos cerca de cinco horas mais cedo de casa para ir ao serviço; Se, com os ônibus lotados demoram cerca de meia hora para passar outro com o mesmo destino, imagine se fosse proibido a viajem em pé.
  Mas será o Benedito? Não precisamos de leis, precisamos de ÔNIBUS circulando!
Aí os motoristas fazem greve por não receberem um salário digno... Aumentam a passagem para 3,00R$ em um ónibus quebrado, num trajeto que aparenta mais uma montanha russa, quando chove vasa água pelas lâmpadas... E os ônibus raramente param em frente ao ponto, dificultando a vida dos idosos e deficientes fisicos que necessitam o ônibus perto da calçada para alcançar o degrau.
Preciso dizer como nossos políticos passeiam?
Não vejo nenhum politico indo ao "trabalho" de bicicleta, de ônibus, metrô...

É pedir muito querer ciclovias, placas e faixas a nosso favor? Se não quer/pode/gosta; RESPEITE o próximo. Pode ser seu(a) filho(a)! 



O Senso Comum -o aceitável pelo maior numero de pessoas.


Do dicionario filosofico:  “O conjunto mais alargado de crenças que uma comunidade tem por verdadeiras e partilha durante um certo período de tempo. O senso comum é um "saber" que resulta da experiência de vida individual e colectiva. Os hábitos e costumes, as tradições e rituais, os "ditos" e provérbios, as opiniões populares, etc., são habitualmente referidos como manifestações do senso comum. A sua aprendizagem é uma condição necessária para a socialização de cada membro da comunidade, funcionando como um mecanismo regulador do seu pensamento e da sua ACÇÃO. Do ponto de vista da CIÊNCIA e da FILOSOFIA, os processos de justificação das crenças de senso comum afiguram-se muitíssimo superficiais e falíveis, e é frequente tais crenças resistirem mal a um exame crítico mais minucioso, pelo que a sua ampla aceitação não é uma garantia de que sejam verdadeiras. Alguns filósofos têm discutido a CONTINUIDADE/DESCONTINUIDADE entre o senso comum e a ciência e a filosofia, tendo particular relevância, nessa discussão, o problema da demarcação.
Ao meu ponto de vista, algumas coisas como o Anarquismo, o Antifascismo e algumas outras ideias que possuímos, acabam sendo contaminadas quando os portadores da palavra são pessoas sem personalidade e vontade própria, que encontraram nisso um motivo para se sentir engrenagem de algo girando, e isso acaba gerando uma cultura de massa, exatamente igual a que o Estado nos empurra por meio da Tv, e por meio da cultura local ou pelas famosas frases clichês que nunca devem ser contrariadas.
Sim eu disse que a cultura é uma das armas que podem ser usadas pelo estado contra nós seres explorados, mas não nos livramos disto se excluindo da nossa cultura e criando uma nova com toda uma massificação do pensamento, cheia de verdades e quem for contra são os mentirosos.
Porém , é necessário que entendamos que não existe verdade até que ela se torne verdade, uma ideia pode ser coerente por escrita, e ao passarmos ela para o dia a dia vejamos que o ser humano não está apto a realizar tal coisa com tal perfeição que é exigida pela ideia. Ela não estará errada por isso, porém o ser humano ainda não esta apto a exercê-la.
Politica é isso, discussões sem fim em busca de uma coerência aceitável, para que algum dia coloquemos tal coisa em pratica. Não tem como nos dizermos donos da verdade, possuidores da liberdade extrema, seres superiores, e etc.
O fato é que, existem pessoas e são muitas pessoas que fazem uma coisa que é , voce se juntar ao grupo e engolir suas ideias de maneira bruta da qual eles dizem , sem que questione nada ou busque um conceito seu sobre tal coisa , e como são maioria saem crucificando as minorias ideológicas, perseguindo na cara dura os hereges que chegaram até onde chegaram sozinhos , sem precisar de nenhuma frase clichê decorada, ou um discurso completo decorado.
Voce se sente bem fazendo parte de uma maioria, porém você está sendo usado, pelo seu grupinho de brutamontes que nunca pegaram um livro para estudar e chegaram a conclusão ouvindo historinha furada nos bares e formando opinião sobre coisas que não conhece à fundo. 

Fascistas Leem sobre o fascismo, antifascistas entendem o fascismo.

Sobre filmes pornô

Existe uma linha tenue entre o que gostariamos de ver ou ser e a forma com a qual as coisas se dão. O cinema pornô (ao menos no que tange a esfera convencional, mainstream)  se mostra comumente como uma idealizaçao do sexo, e pra alem dele de formas afetivos relacionais idealizadas por uma perspectiva sexista masculinizada!
Ou seja o que homem romantiza no que consiste a sua sexualidade mostra-se  representado no pornô. Assim como em filmes de açao em que ngm espera uma saida do  estado de violencia e sim o fim de tudo atraves da mesma  ( a aboliçao da  necessidade de  raciocinar, tudo dissovildo atraves da simplificaçao viril) No porno os individuos se realizam observando o que eles esperam que seja exatamente a forma com a qual eles se portam mediante o ato sexual.
Ae esses mesmos homens passam a culpar as mulheres pelos atos em si nao se darem como eles esperam que seja.
A incapacidade desses homens em quebrar esse fetichismo auto-afirmativo, fruto da industria interessada em lucrar (assim  como  ja foi citado na questao  dos  filmes de açao) gera uma cultura de culpabilizaçao da mulher, Alias vale tentar ir alem e apontar pra questao que nao seja culpa apenas do industrial, mas como acabei de citar em nos mesmos, de nao conseguimos deixar de ficcionalizar nossas vidas, e nossos atos, de nao conseguirmos separar a esfera de egotrip da esfera vital e corporea acho que a parte de culpapilidade da industria tange mais a respeito dos aspectos de elitizaçao  da  arte e da cultura!
Entao pra alem disso, acho que uma sugestao valida, seria de sermos mais criativos, observarmos melhor a linha que divide o que somos do que esperamos que sejamos!
E por favor homens em geral nao se sintam ofendidos, como diz o tio  Alex Castro o problema nao somos  eu ou voce, e sim a nossa cultura! o que nos leva a achar que sempre a culpa e d@s outr@S? prq nunca admitimos erros em nos mesmos? A gente tem mania de achar que o problema so existe devido a quem fala! mas nao e bem assim que as coisas sao!
Sim eu ja me senti excitado com pornografia, mas nao vejo desejos meus representados ali, sequer existe comunicaçao ou afeto sao so atos mecanizados desprovidos de qualquer traço minimamente sensivel!  espero que consiga iniciar um debate assim \o/


quem domina a linguagem, domina o pensamento.


“como vai o dicionário” perguntou Whinston, elevando o tom de voz para que o outro pudesse ouvi-lo.
“devagar” disse Syme. “estou nos adjetivos. Fascinante.”
            Ele se animara todo ao ver Whinston mencionar a novafala. Empurrou a marmita para um lado, segurou o naco de pão com uma das mãos delicadas e o queijo com a outra, depois inclinou-se por cima da mesa para conseguir falar sem ser obrigado a gritar.
            “A décima primeira edição é a edição definitiva” disse “estamos dando os últimos retoques na língua- para que ela fique do jeito que há de ser quando ninguém mais falar outra coisa. Depois que acabarmos pessoas como você serão obrigadas a aprender tudo de novo. Tenho a impressão que você acha que a nossa principal missão é inventar palavras novas. Nada disto! Estamos destruindo palavras- dezenas de palavras, centenas de palavras todos os dias. Estamos reduzindo a língua ao osso. A décima primeira edição não conterá uma única palavra que venha a se tornar obsoleta antes de 2050”
            “Que coisa bonita a destruição das palavras! Claro que a grande concentração de palavras inúteis está nos verbos e adjetivos, mas há centenas de substantivos que também podem ser descartados. Não só os sinônimos; os antônimos também. A final de contas, o que justifica a existência de uma palavra que seja simplesmente o oposto da outra. Uma palavra já contém em si mesma o seu oposto. Pense em “bom”, por exemplo. Se você tem uma palavra como bom , qual a necessidade de uma palavra como “ruim”? “desbom”  da conta perfeitamente do recado. É até melhor, por que é um antônimo perfeito, coisa que outra palavra não é. Ou então se você quiser uma versão mais intensa  de “bom” , qual é o sentido de dispor de uma serie de palavras imprecisas  e inúteis como “excelente” , “esplêndido” e todas as demais ? “maisbom” resolve o problema; ou “duplimaisbom” se quiser  algo ainda mais intenso. Claro que já usamos essas formas, mas na versão final da novafala  tudo o mais desaparecerá. No fim o conceito inteiro de bondade e ruindade será coberto por apenas seis palavras- na realidade por uma palavra apenas. Você consegue ver a beleza da coisa Whinston?  Claro que a ideia partiu do “G.I.” acrescentou como quem lembra de um detalhe do qual não havia mencionado.
            Uma espécie de ansiedade inconsistente perpassou o rosto de Whinston ao falar no Grande Irmão. Mesmo assim Syme detectou instantaneamente certa falta de entusiasmo.
            “Você não sente muita admiração pela novafala, Whinston” disse ele quase triste. “Até mesmo quando escreve continua pensando em velhafala. Li alguns daqueles artigos que você publica no times de vez em quando. São muito bons, mas são traduções. No fundo você preferia continuar usando a velhafala com todas as suas inexatidões e nuances inúteis de significado. Não compreende a beleza da destruição das palavras. Você sabia que a novafala é a única língua no mundo cujo vocabulário encolhe a cada ano ?”
             Whinston sabia claro. Sorriu com simpatia- esperava-, sentindo-se inseguro quanto ao que diria se abrisse a boca para falar. Syme arrancou com os dentes outro fragmento de pão escuro, mastigou o depressa e continuou:
            “Você não vê que a finalidade da novafala é estreitar o âmbito do pensamento? No fim teremos tornado o pensamento-crime literamente impossível, já que não haverá palavras para expressa-lo. Todo conceito que pudermos necessitar será expresso por apenas uma palavra, com significado rigidamente definido, e todos os seus significados subsidiários serão eliminados e esquecidos. Na décima primeira edição já estamos quase atingindo esse objetivo. Só que  o processo  continuará avançando  até muito depois que você e eu estivermos mortos. Menos e menos palavras a cada ano que passa, e a consciência com um alcance cada vez menor. Mesmo agora, claro não há razão ou desculpa para cometer pensamentos- crimes é pura e simplesmente uma questão de autodisciplina, de controle da realidade. Mas no fim , nem isso será necessário. A revolução estará completa quando a linguagem for perfeita. A novafala é socing e socing é novafala”, acrescentou com uma espécie de satisfação mística “Alguma vez lhe ocorreu, Whinston  que lá por 2050, no Maximo, nem um único ser humano vivo será capaz de entender uma conversa como a que estamos tendo agora ?”
            “só os...” começou Whinston, vacilante e depois se calou.
            Estava a ponto de dizer “só os proletas”, mas voltou atrás, sem saber com certeza se o comentário não seria de alguma forma inortodoxo. Syme, contudo adivinhou o que ele ia dizer.
            “Os proletas não são seres humanos”, disse, despreocupado. ”Lá por 2050-ou antes, talvez- todo o conhecimento real de velhafala terá desaparecido. Toda a literatura do passado terá sido destruída.  Chaucer, Shakespeare, Milton, Byron existirão somente em suas versões em novafala, em que alem de transformados em algo diferente, estarão transformados em algo contraditório com o que eram antes. A literatura do partido será outra. Os slogans serão outros. Como podemos ter um slogan como “ Liberdade é escravidão” Quando o conceito de liberdade for abolido? Todo o clima de pensamento será diferente. Na realidade não haverá pensamento tal como o entendemos hoje. Ortodoxia significa não pensar – não ter necessidade de pensar. Ortodoxia é inconsciência.

TRECHO DO LIVRO 1984, Paginas de 67 a 70.

Normatividade e autoritarismo

Como foi dito no belo texto de Alex  castro que  pode ser conferido aqui :
http://papodehomem.com.br/racismo-e-normalidade-2/
Existe o preconceito pelo fato de existir um normal pra mostrar xs outrxs como  diferentes, e antes que alguém se acuse,  ele  não diz que você ser o que quer que seja resulte em preconceito ou que tenha alguém que a gente tenha que ''salvar, redimir'' ou qualquer merda dessas.
O ponto  consiste em algo que nada mais deve ser do  que fruto do desejo ou identificação se torne a norma.
Dae surge a critica a questão da normatividade. Prq essa alcunha aparece e pra que ela serve? o que eu ganho me reivindicando normal? parece que eu me privo criando  uma rotina pros meus atos,  eu nao posso  fazer isso ou aquilo pois se fizer estarei rompendo com a fronteira!
prisões que criamos para nos mesmxs.
Se você não quiser fazer determinada coisa blz mais que direito seu, mas qual o sentido  de criar uma  prisão mental pra definir  os outrxs também?
Parece que a gente cultua os nossos limites, o nosso ponto de fraqueza se torna algo sacramentalizado.
A gente perde a nos mesmxs,  deixamos de  fazer alguma coisa,  de dar  os nossos gritos do  dia-a-dia de travarmos o bom combate da vida porque o medo  nos esmaga!
Todo  esse papo de ser vencedor@, individu@ de bem, estar na moda...
Quem cria essas necessidades,  essas demandas?
No geral acho que todos nos refletimos  muito pouco sobre tudo que fazemos, a gente faz um comentario e defendemos ele ate a morte ae a gente para pra pensar da onde veio essa ideia? eu sou isso?
Normalidade é ilusão prq não existe realidade,  mais realidades, múltiplas formas de usar nossas vidas e de produzirmos e exteriorizarmos nossos desejos! os outrxs são tao diferentes pra nos quanto nos pra eles.
essa própria questão de falar em diferença soa como normatizante, prq se existe o diferente existe o normal, e por mais que esse normal pareça  não  incomodar ele precisa prescrever ate onde o diferente pode ir.
Muitas pessoas, muita coisa, comunicação perdida em prol da manutenção da imagem!