Pátria?

    É complicado escrever sobre nacionalismo, principalmente quando nem a minha opinião a respeito é formada. Mas alguns pensamentos me fazem não querer formar esta opinião. Vejamos... Na visão de um cidadão de classe alta é interessante e culto ter orgulho da nação, fato. Pois é um país lindo, não é verdade? Aqui há ilhas de morrer (literalmente, pois hoje, as ilhas pertencem aos bilionários que se consideram, por meio de um pedaço de papel, donos dessas riquezas, tente navegar ao redor de uma dessas ilhas para ver!), animais de todas as espécies (inclusive o ser-humano ganancioso), plantas e árvores (que hoje, são cortadas por lucro), não é incrível?! É complexo escrever sobre o Brasil, mas pra quê escrever a respeito, se, até poucos meses, tínhamos um presidente semi-analfabeto? Presidente... Outro assunto que quero incluir, já está na hora de todos saberem que quem nos governa NÃO é o presidente, ele REPRESENTA a palavra dos engravatados de Brasília, o que é pior, pois a palavra deveria ser do povo, já que, o nosso(a) presidente é apenas representante.
   Mas como não somos Alice e não vivemos no país das maravilhas (risos), vale incluir que aqui quem trabalha pelo povo é Deus (desculpa entrar em religião). Pois enquanto pedimos ajuda ao Senhor, os “engravatados” estão no exterior comprando aparelhos eletrônicos e negociando armamento com os EUA. Ter orgulho da Pátria em um país que crianças pedem esmolas nas ruas, mendigos dormem nas calçadas do Centro (até então, a beleza da cidade)... É realmente difícil. Mas aí veio uma teoria que ouvi de um neonazista uma vez: “Mas não sinto orgulho do que há de errado, apenas amo o país onde nasci, e não o trocaria por outro”. Vale ressaltar que esse neonazista era “podre de rico” e recebia mesada da Alemanha.
   Eu não sou capaz de sentir orgulho de uma nação cujas injustiças ocorrem estampadas em nossa face, mas somos cegos e não conseguimos enxergar; eu não tenho orgulho em escrever uma matéria e ser censurada simplesmente porque citei o nome do Bolsonaro em um ARTIGO DE OPINIÃO, onde, até então, não há censura; e para completar, eu não sinto orgulho em saber que MUITAS famílias morreram contra uma ditadura militar, duas guerras mundiais, numa luta contra a república e que HOJE os jovens - que deveriam ter mais conhecimento, pois possuem em mãos tecnologia à isso – nem sabem o significado desses títulos! Não tem como me orgulhar disso... Desculpe-me pela frieza, mas o nosso país é miserável. É revoltante ouvir de um político de extrema direita que a solução para esses jovens burgueses e alienados, que só pensam em etiqueta, em cabular aula pra dançar funk, seria um governo liderado pelo exército brasileiro. Aquele mesmo exército que é corrupto, que pisa nos mendigos e atiram nas crianças de rua. Chega a ser nojento ouvir isso! Mas é claro que vão conseguir uma 2ª ditadura, afinal, o povo não acorda. Há sim, pessoas que estão com vontade de lutar contra isso, mas a polícia aponta uma arma na cabeça de um filho, de um pai, quem vai reagir? Eu não vou...

   A minha esperança jamais morrerá, mas a esperança não existe sem a força de vontade! Unidos contra o fascismo!

   “Eu posso não concordar com o que comentarão a respeito deste texto, mas defenderei os direitos de expressá-los”. 

5 comentários:

  1. A questão do nacionalismo vai além disso.

    Não há sequer um motivo para defender o nacionalismo e o patriotismo!

    Seria como defender fronteiras. Defender fronteiras é a mesma coisa que defender GOVERNOS que LIDERAM essas fronteiras.

    Como "fronteiras" devemos entender as divisões políticas de Estado. Quando formos citar os espaços geográficos, citaremos "países".

    Dizem que o patriotismo é necessário, pois é o amor a pátria que nos faz defender o país. Mas espere um momento! Defender do quë? Defender de quem? Se não separarmos os povos por fronteiras e interesses estatais, obviamente não há do que defender o país.

    Se consolidarmos todos os povos, abolindo o Estado, então cada país será parte de uma grande associação em comum (não entrarei em detalhes sobre o método de organização socialista-libertária pois o assunto é extenso demais. Quem se interessar, busque informações em livros. Uma dica: "Textos Anarquistas" de Bakunin. Nesse livro há abordagem sobre a Primeira Internacional, sobre os princípios do anarco-comunismo e sobre a Comuna de Paris).

    Ter orgulho de uma nação é desdenhar outros povos. Ter orgulho de uma pátria é defender o sistema governamental que bem sabemos não servir ao povo.

    Guerras existem por conta de fronteiras (interesses políticos). Patriotismo/nacionalismo nada mais é do que uma desculpa que o sistema implanta na cabeça dx cidadã(o)para que elx defenda os interesses estatais e trabalhe para manter o sistema como os governantes querem.

    SEM PÁTRIA, SEM PATRÃO! ANARQUIA É A SOLUÇÃO!

    Saúde e Anarquia! ( A ) ( E )

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  2. AH! Esqueci de fazer um convite às pessoas envolvidas aqui no blog (e a quem mais ler esse comentário). Tenho um blog direcionado ao movimento punk, onde também coloquei em pauta coisas que deveriam ser mais discutidas dentro da cena.

    A quem se interessar, o blog é esse:
    SUICÍCIO INCONSCIENTE
    O blog está separado em capítulos. Quem achar válido, divulgue!

    Saudações Libertárias!

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  3. Mais alguma divulgação/propaganda? Divulgue!!! ¬¬

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  4. Bom... então vou aproveitar o espaço cedido e indicar mais um blog. Espero que a partir disso criemos todxs um diálogo maior entre nós. Obrigado pela oportunidade de divulgar. =)

    É o blog do coletivo que faço parte, o T@P@ @tivismo:

    Blog do T@P@ @tivismo

    "Se não posso dançar, não é minha revolução" - Emma Goldman

    Beijos para todxs! ( A ) ( E )

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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